Ok, pode até não ser uma novidade pra você, mas, de fato, a maneira como lidamos com o nosso dinheiro diariamente está diretamente ligado a forma como nos sentimos. Logo, entender e identificar qualquer alteração comportamental é fundamental para um gastar mais saudável, evitando-se, assim, qualquer tipo de surpresas ao final do mês ou a longo prazo.
Conheça 4 das emoções ou sentimentos que mais comumente se refletem na forma de usar o dinheiro.
1. O medo: quando os traumas familiares seguem você
A maioria de nós teve a primeira experiência com relação ao dinheiro ainda e casa, seja através de jogos, pela mesada ou vendo nossos pais falando sobre o quanto deveriam economizar para viajar, reformar a casa, etc.
Todas essas atividades acabam por moldar nosso comportamento futuro com relação às nossas próprias finanças. Entretanto, se na sua família o dinheiro nunca foi um tema pacífico, isso com certeza isso se manifestará em você de alguma forma.
Se no ambiente do lar sempre existiram discussões sérias sobre dinheiro, tornando-o um tema desagradável, isso pode afetar-lhe anos depois, quando situações parecidas àquelas que desencadeavam as discussões ocorrerem, causando desconforto.
Pessoas com traumas relacionados ao dinheiro tendem a ser péssimas administradoras de suas finanças, justamente por conta das lembranças ruins. O que se pode fazer é tentar identificar a situação-chave que desencadeia a repulsa, o medo ou o desconforto na hora de gastar ou poupar para planos futuros e encará-lo como parte do passado, algo que já não pode mais afetar a sua vida.
2. A depressão: usar o dinheiro como um curativo emocional
Dinheiro e comida são comumente utilizados como formas de compensação emocional. Enquanto algumas pessoas ganham peso quando estão se sentindo pra baixo, outras ficam bem mais pobres, gastando muito além do que realmente podem e se enchendo de dívidas.
O fato de comer algo gostoso ou comprar algo desnecessário pode dar uma levantada na auto-estima, mas SEMPRE é um efeito meramente passageiro – se você achou isso parecido com o uso de drogas, chegou bem perto.
A melhor solução seria identificar o motivo da aflição e superá-lo, mas isso nem sempre é fácil ou simples. Então, a segunda melhor opção é reconhecer o gatilho emocional, fazendo-se perguntas simples quando vier aquela vontade incontrolável de gastar: por que eu preciso comprar isso? É algo de extrema necessidade? Isso está ligado a como me sinto agora (às emoções)?
Ao tentar ser racional no momento de extrema passionalidade, você tem grandes chances de reassumir o controle sobre suas finanças.
3. O ressentimento: deixar que as mágoas tomem o controle
Bem parecido com a primeira situação, só que com um efeito diferente. Tem como base o relacionamento familiar com o dinheiro, mas geralmente está ligado a um passado pobre, quando a constante falta de dinheiro era o estopim para as mais variadas situações desagradáveis no lar.
Esse sentimento de mágoa, de não ter o que se queria, pode levar futuramente a uma situação de gastos incontroláveis, uma vez que se tenta sempre ostentar uma situação financeira aparente melhor da que se tinha no passado.
Vale lembrar aqui que a verdadeira abundância vem do controle financeiro e que sempre é possível recuperá-lo por mais difícil que esteja a situação. O ressentimento é só um obstáculo que deve ser superado.
4. O amor: deixar que o dinheiro seja uma expressão do seu afeto
Quando estamos apaixonados por outra pessoa, é muito comum que a gente se sinta mais leve: mas isso não é efeito do amor, mas do dinheiro que saiu do seu bolso (risos)!! Nós sempre achamos que quanto mais agradarmos a pessoa amada com presentes, saídas para lugares caros ou viagens, mais a pessoa saberá o quão apaixonados somos.
Você nunca, nunca, NUNCA deve deixar que o dinheiro dê as ordens no seu relacionamento – e desconfie se o seu/sua parceiro(a) fizer questão de presentinhos – pois quando você se der conta, seus sentimentos foram substituídos por agrados e isso pode não ter volta.
Quem ama de verdade não quer ver o outro se destruir financeiramente, e a qualquer sinal de crise, uma boa conversa pode resolver… mas se não for o caso, é melhor que você deixe aquela pessoa bem longe do seu bolso e do seu coração.
———-
Ter auto-controle e procurar a raiz do problema é essencial em qualquer das situações expostas aqui, mas se isso não for suficiente, não sinta vergonha em procurar ajuda profissional, afinal, você não é o primeiro e nem será o último a passar por apertos financeiros ou problemas emocionais.
Via Lifehacker, Ready For Zero